Patricia Finotti

“Nós nos reinventamos, conseguimos manter todo nosso material, não dispensamos funcionários, honramos nossas obrigações, mas para isso foi preciso nos reinventarmos, principalmente com relação ao tamanho dos eventos.” Maria Christina (crédito: Cássio Cardoso)

Francis Telles

 Novos nichos de mercado e a reinvenção foram determinantes para manter o negócio durante a pandemia

@mariachristina13

Toda nossa maneira de consumir mudou e no mercado de eventos não é diferente. Com a proibição de festas e comemorações por causa da pandemia do Covid-19, o setor de eventos foi fortemente afetado, um dos ramos mais movimentado da econômica, que gera emprego e renda para diversas famílias e trabalhadores ligados ao segmento. Profissionais e empresas de todo Estado tiveram que ser firmes para manter seu negócio, sem poder trabalhar. Um desafio e tanto, comenta a decoradora, Maria Christina, de Itaberaí, que fica há noventa quilômetros da capital. “Nosso setor foi o primeiro que parou e o último a retornar. Eu precisava manter minha empresa e minha família. Nós nos reinventamos, eu e minha equipe, conseguimos manter todo nosso material, não dispensamos funcionários, honramos nossas obrigações, mas para isso foi preciso nos reinventarmos, principalmente com relação ao tamanho dos eventos. Ao invés de salões de festas, começamos trabalhar nas residências dos clientes, e criamos outros nichos de mercados. Passamos a montar cestas de café da manhã, e criamos uma floricultura dentro da minha empresa, o que possibilitou também a retomada da minha formação de engenheira agrônoma. Passamos também a fazer jardins e hortas verticais”, explica.

Mais do que cestas e flores, nós entregarmos carinho. As pessoas contratam nossos serviços para mostrar que gostariam de estar presente nesse momento, embora não fosse possível.

A estratégia deu certo, e a empresa alcançou novos clientes. As cestas de café da manhã tiveram bastante saída, e com a tecnologia as encomendas foram feitas até por pessoas que moram em outro país. “Mais do que cestas e flores, nós entregarmos carinho. As pessoas contratam nossos serviços para mostrar que gostariam de estar presente nesse momento, embora não fosse possível”, diz.

A decoradora conta que a pandemia reaproximou a empresa dos clientes e proporcionou novas experiências profissionais. Para ela também foi o momento de fortalecer parcerias com outros empresas do próprio segmento para permanecer no mercado. Ela ressalta ainda a importância de fazer conexões com outras empreendedoras para enfrentar desafios como esse e outros do mundo dos negócios.

Websérie Mulheres Empreendedoras 2021 – Idealizada pela empresaria e fundadora da Rede Goiana da Mulher Empreendedora, Ludymilla Damatta. O projeto consiste em entrevistas com quarenta empresárias goianas, que irão falar sobre os seus desafios, as perdas, a superação, a força, a coragem e a habilidade de se reinventarem. Também farão parte do registro, o que ficou de lição, e as decisões tomadas para o futuro, ao atravessar uma das crises mais graves, se não a mais, de toda História.

A websérie digital, faz parte de um projeto que consiste em uma revista impressa, o Guia da Mulher Empreendedora, e a Revista Digital da Rede.

Rede Goiana da Mulher Empreendedora – Presidida por Ludymilla Damatta, é hoje considerado maior grupo de empreendedorismo feminino do Centro-Oeste, com quase nove mil mulheres no Instagram e mais de 20 mil no Facebook. O grupo está presente em diversos municípios do estado: Aparecida de Goiânia, Trindade, Senador Canedo, Anápolis, Piracanjuba, Caldas Novas, Itapuranga, Pirenópolis, Inhumas e Itaberaí.

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