Francis Telles
Atendimento personalizado ajudou empreendedora se consolidar nos negócios. A “mala em casa”, é sucesso entre as goianas
Em tempos de pandemia, de venda on-line, Nara Leite não teve dificuldades para mergulhar ainda mais fundo no mundo das ferramentas digitais disponíveis na internet. Ela viu a venda de roupas feminina crescer justamente no período de isolamento social. Claro que foi preciso fazer uns ajustes as necessidades atuais das clientes. Porém, o atendimento diferenciado que facilita a vida caiu no gosto da mulherada. “Meu público é de mulheres que são práticas, decididas e que não tem tempo de fazer compras em loja física. Quando eu percebi isso, resolvi criar um atendimento diferente. A cliente acessa o meu Instagram e me fala sobre os looks que gostou, separo tudo e envio sem custo a “mala de roupas feminina personalizada”, ou delivery de roupa, entregue por um motoboy sem custo a mais. Ela explica que por causa da pandemia tudo é higienizado com cuidado. “A cliente recebe a mala em casa e experimenta tudo com calma, com seus sapatos e acessórios, fazer as combinações com o que têm. Elas sempre acabam ficando com quase tudo. É possível receber até vinte peças para provar em casa”, afirma a vendedora satisfeita.
Meu público é de mulheres que são práticas, decididas e que não tem tempo de fazer compras em loja física. Quando eu percebi isso, resolvi criar um atendimento diferente.
Nara começou empreender depois da maternidade. A filha nasceu prematura e ela teve que dedicar mais tempo a recém-nascida. Depois de alguns meses, buscou algo para complementar a renda familiar sem ter que sair de casa. Foi aí que optou pelas vendas. Primeiro foram as lingeries, em seguida vieram as roupas femininas. Sem loja física, com pouco capital de investimento, mas com o alcance da internet, ela começou a divulgação nas redes sociais, e as clientes foram chegando. A empreendedora é o retrato de diversas mulheres no Brasil, que desbravam corajosamente um negócio pós maternidade.
Com a chegada do coronavírus, uma nova necessidade das mulheres surgiu. “Com a pandemia muitas passaram a trabalhar em casa, no home office, porém elas precisavam estar bem-vestidas. Então veio a precisão de um estilo de roupa com mais conforto e praticidade”, conta. Nara Leite multimarcas está no mercado há quatro anos. “Elas me chamam dizendo que têm um evento ou festa para ir e precisam de uma roupa, eu preparo tudo com muito carinho e envio rápido. Minhas clientes atuais gostam do meu trabalho, do atendimento, me acompanham sempre nas redes sociais e permanecem fiéis”. A empreendedora também ressalta a importância de fazer parte da Rede Goiana da Mulher Empreendedora. “Foi fortificante. Tivemos lives com incentivo, e nos grupos uma visa ajudar a outra, dando preferência para o produto da outra. Isso ajudou muito”, finaliza.
Websérie Mulheres Empreendedoras 2021 – Idealizada pela empresaria e fundadora da Rede Goiana da Mulher Empreendedora, Ludymilla Damatta. O projeto consiste em entrevistas com quarenta empresárias goianas, que irão falar sobre os seus desafios, as perdas, a superação, a força, a coragem e a habilidade de se reinventarem. Também farão parte do registro, o que ficou de lição, e as decisões tomadas para o futuro, ao atravessar uma das crises mais graves, se não a mais, de toda História.
A websérie digital, faz parte de um projeto que consiste em uma revista impressa, o Guia da Mulher Empreendedora, e a Revista Digital da Rede.
Rede Goiana da Mulher Empreendedora – Presidida por Ludymilla Damatta, é hoje considerado maior grupo de empreendedorismo feminino do Centro-Oeste, com quase nove mil mulheres no Instagram e mais de 20 mil no Facebook. O grupo está presente em diversos municípios do estado: Aparecida de Goiânia, Trindade, Senador Canedo, Anápolis, Piracanjuba, Caldas Novas, Itapuranga, Pirenópolis, Inhumas e Itaberaí.