Patricia Finotti

No mês de setembro, a Comedoria do Sesc Pompeia recebe pessoas vivendo em condição de refúgio na cidade de São Paulo para compartilhar experiências de desterritorialização forçada
Tendo como ponto de partida as experiências e memórias de pessoas que vivem na cidade de São Paulo em situação de refúgio, o Sesc Pompeia recebe a oitava edição do Boteco da Diversidade. Excepcionalmente, no mês de setembro, o evento acontece em um domingo, 10 de setembro, às 18h30.

Essas vivências e lembranças serão revividas por artistas e ativistas por meio de cartas, cantos, batuques, teatro e outras linguagens poéticas de resistência, partindo de concepções originárias da desterritorialização forçada e da integração das pessoas refugiadas no Brasil. Por meio do diálogo entre arte e política, o público poderá se aprofundar de forma sensível e crítica sobre a questão do refúgio.

“De acordo com informações que constam no site de ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), ao final de 2016 havia cerca de 65,6 milhões de pessoas forçadas a deixar seus locais de origem por diferentes tipos de conflitos – mais de 300 mil em relação ao ano anterior. Esse total representa um vasto número de pessoas que precisam de proteção no mundo inteiro,” explica Kasonga Nkota, que é natural da República Federativa do Congo, mas reside no Brasil desde 2003.

Para trazer a visão de pessoas na situação de refúfio, o Boteco recebe fragmentos cênicos dos espetáculos “SP Refúgio”, projeto organizado pelo Grupo Performatron, e “Cabaré Vodu”, do Teatro de Narradores, formado por atores brasileiros e haitianos. A noite também conta com apresentações musicais da banda de congoleses “Os Escolhidos”, da cantora iraniana Mah Mooi Moni – acompanhada do músico Koosha Delshad. Além de expressões artísticas, acontecerão debates, relatos e leituras de cartas escritas por refugiados.

O Boteco da Diversidade é um projeto que existe desde fevereiro de 2017, com a iniciativa de ampliar a visibilidade política e artística de ações e assuntos vinculados à diversidade cultural e à defesa dos direitos humanos. Em suas edições passadas, trouxe artistas, ativistas e formatos inéditos a cada edição, abordando os seguintes temas:

  • Visibilidade Trans (fevereiro);
  • Feminismo (março);
  • Masculinidades (abril);
  • Prostituição (maio);
  • Sexualidade e Deficiência (junho);
  • Visibilidade Gorda (agosto).

(Sesc Pompéia)

Serviço: 
Boteco da Diversidade: Refúgio e Migração
Dia 10 de setembro, domingo – 18h30

Comedoria
Grátis. Retirada de ingresso com uma hora de antecedência.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos.

Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93.
Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia

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