Patricia Finotti

(crédito: Guga Melgar)

FatoMais Comunicação

 

Com texto de Pedro Medina e direção de Amir Haddad, peça será apresentada no Teatro Goiânia nos dias 10, 11 e 12 de março. Os ingressos já estão à venda e custam a partir de R$ 25

 

Em comemoração aos 65 anos de carreira, Arlete Salles está de volta aos palcos com a comédia Ninguém Dirá que é Tarde Demais. A peça, que já passou por cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Uberlândia e chega à capital para três únicas apresentações nos dias 10, 11 e 12 de março, no Teatro Goiânia, e coloca em pauta com leveza e bom humor, o amor na terceira idade, tendo como pano de fundo a compreensão das mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19. Os ingressos já estão à venda e custam a partir de R$25.

O texto é do neto de Arlete, Pedro Medina, com quem também contracena no espetáculo. Além de Pedro, o filho da atriz, Alexandre Barbalho, e o amigo Edwin Luisi também estarão em cena. A direção é de Amir Haddad, outro grande parceiro de Arlete. Os dois trabalharam há 35 anos na peça ‘Felisberto e o Café’.

“Estou navegando em sentimentos diversos e emoções fortes. Sinto muita felicidade e admiração em ver o meu neto se aproximando dessa profissão, crescendo de forma potente. Estamos aqui corajosamente indo juntos para o palco. Não o apresentaria como dramaturgo, se não tivesse confiança no talento dele”, conta Arlete.

Trama – O título da comédia ‘Ninguém Dirá Que é Tarde Demais’ foi inspirado na canção o Último Romance, da banda Los Hermanos. O autor Pedro Medina conta a história de Luiza (Arlete Salles) e de Felipe (Edwin Luisi). Por causa da pandemia, Luiza recebe, em casa, o neto Márcio (Pedro Medina). Paralelo a esta trama, Felipe, por problemas financeiros, vai morar com o filho Mauro (Alexandre Barbalho). Luiza e Felipe são vizinhos de prédios diferentes, com paredes grudadas, e estão muito sensíveis às questões da Covid-19, a problemas financeiros e domésticos e começam a implicar um com o outro sem saber a identidade de cada um. Até que um dia os dois, com máscara e álcool gel, vão rapidamente à rua, se encontram sem saber que são vizinhos e a trama se desenrola com muita leveza, humor, dando a dimensão da solidão desses dois septuagenários.

“Ainda não elaboramos todas as perdas que a pandemia provocou, mas entender o que já passou e o que ainda estamos vivendo, por meio da perspectiva do humor, da tolerância e do amor é a proposta da minha comédia”, detalha Pedro Medina. “Gosto de fazer um teatro esclarecedor. O teatro tem a função de iluminar as pessoas. E digo para todos: ninguém dirá que é tarde demais para coisa alguma. Sempre é o momento de colocar em prática o desejo”, acrescenta, aos 84 anos, um dos diretores mais premiados e mais presentes na cena brasileira, Amir Haddad. Juntos, Amir, Arlete e Edwin somam mais de 160 anos de trajetória artística.

Entre família e amigos
Uma criação original dos produtores Rose Dalney, Túlio Rivadávia e Marcio Sam, o espetáculo surgiu do desejo dos três de encenar uma peça que retratasse o amor na terceira idade. “O Túlio, ouvindo a música ‘Último Romance’, encontrou um fio condutor para o projeto. Na mesma época, o Pedro me ligou dizendo que gostaria de fazer um espetáculo com a avó e o pai dele. Juntamos às vontades de Pedro trabalhar com a família, com a nossa de falar de amor na terceira idade”, detalha Rose.

“Minha avó é uma colega de cena fantástica. Uma atriz que admiro muito. Tem sido muito bom estar com ela. E meu pai é aquela segurança. Sempre troquei com ele minhas questões relacionadas ao texto. Um privilégio no meio de uma pandemia conseguir fazer um projeto desse com minha avó e meu pai. Sou muito grato aos produtores pelo convite e estou muito feliz de poder mostrar meu trabalho como dramaturgo”, esclarece Medina.

Outro parente participa da peça. Enteado de Arlete, irmão de Alexandre e tio de Pedro, Lucio Mauro Filho assina a direção musical do espetáculo, junto com Máximo Cutrim. “Fiquei feliz demais com meu sobrinho me dando emprego (risos) e me trazendo para esse lugar quente e amoroso, que é trabalhar em família. Pedro inseriu a pandemia na dramaturgia, como pano de fundo para o momento que estamos vivendo, foi um gol”, explica Lucinho.

“O que me fez entrar nessa peça? A qualidade do texto; Amir Haddad, como diretor; e trabalhar com a família da Arlete. Estou contracenando com ela, o filho e o neto. Sou o intruso (risos). Mas fui lindamente acolhido”, conta Edwin. Completam a ficha criativa: José Dias no cenário, Aurélio de Simoni na luz e Carol Lobato nos figurinos.

Serviço
Ninguém Dirá que é Tarde Demais
Onde: Teatro Goiânia
Quando: 10/03 (sexta), às 20h30
                11/03 (sábado), às 20h
                12/03 (domingo), às 19h

Ingressos: Plateia Inferior e Superior (Filas A a H): R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
                   Plateia Superior (Filas I a M): R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
                   À venda pelo site www.sympla.com.br, na Sanduicheria Komiketo e na bilheteria do teatro a partir do dia 10/03

Classificação: 14 anos
Duração: 100 minutos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.