Falar sobre o mundo dos jogos eletrônicos com muita descontração e de maneira descomplicada é o objetivo do programa, uma iniciativa dos alunos que fazem parte do grupo Fellowship of the Game, da USP São Carlos
Como um game é criado? Tem espaço para as mulheres nesse mercado? É só gente da área de computação que trabalha com jogos eletrônicos? É possível sobreviver no Brasil fazendo games? Um programa de rádio estreiou nesta segunda-feira, 5 de março, para responder a perguntas como essas de um jeito descontraído e com uma linguagem acessível a todos os públicos. Por Trás dos Controles é o nome da atração quinzenal, que vai ao ar às 21 horas na Rádio UFSCar (95,3 FM), uma emissora educativa da Universidade Federal de São Carlos.
Selecionado na 4ª chamada pública da Rádio, o programa terá 30 minutos de duração e foi proposto pelo grupo de desenvolvimento de jogos Fellowship of the Game (FoG), que é ligado ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. “Esse grupo de alunos tem todas as habilidades necessárias para divulgar a área de jogos à comunidade. A rádio vai dar essa chance a eles, que já vêm trabalhando no desenvolvimento de games desde 2004”, explica o professor Cláudio Toledo, do ICMC, um dos tutores do FoG.
“Ter um programa numa das melhores rádios da região é uma oportunidade incrível. E o Por Trás dos Controles combina exatamente com o objetivo do nosso grupo, que é difundir cada vez mais conhecimentos sobre jogos”, diz Gustavo Moura, membro do FoG, que cursa Sistemas de Informação no ICMC e também é o coordenador do Por Trás dos Controles.
Segundo Cláudio, os membros do grupo têm perfil adequado para construir uma ponte entre quem está fora da universidade e a área de desenvolvimento de jogos: “Os alunos têm a vantagem de saberem usar uma linguagem mais despojada, acessível ao público que não é especializado no assunto. Esse público, especialmente os jovens, está ávido para conhecer mais sobre o mercado de games, que tem crescido ano a ano”.
O professor ressalta que, para construir um jogo atraente, é preciso agregar conhecimentos diversos, relacionados à elaboração de roteiro, música, design, arte, psicologia, entre outros: “Os games não são um nicho ocupado apenas por quem gosta de computação”. Gustavo finaliza: “A gente quer que todos os ouvintes da Rádio possam conhecer um pouquinho desse mundo e, quem sabe, até incentivar as pessoas a aprenderem a desenvolver um jogo nos minicursos que o FoG oferece gratuitamente”. (Comunicação ICMC/USP)