“Baby” aborda a violência doméstica, e conta a história de Baby, dona de casa que decide trabalhar para ajudar nas despesas do lar. A peça é concebida sob a perspectiva do Teatro do Oprimido, método criativo desenvolvido pelo dramaturgo e teatrólogo Augusto Boal (1931-2009), no qual as pessoas que assistem são incentivadas a participar da história, propondo soluções. No elenco, atores, atrizes e policiais civis e militares dividem o palco para falar sobre violência doméstica e provocar a discussão entre os espectadores.
Todas as apresentações têm entrada gratuita. Dia 23 (quarta-feira) a peça será encenada em Valparaíso. No dia 24 em Planaltina. No dia 28, nas cidades de Luziânia e Valparaíso. Na terça-feira (29) o espetáculo é feito em Planaltina e em Santo Antônio do Descoberto. Cidade Ocidental recebe o projeto no dia 1º de dezembro. A última apresentação será feita em Águas Lindas, no dia 6 (terça-feira).
“Nossa tarefa é levar prevenção de crimes com arte para as comunidades onde nos apresentamos. Quando iniciamos a construção do espetáculo, não havíamos imaginado que pudesse se tornar o que é hoje: um exercício de cidadania”, pontua a diretora, Lívia Fernandez.
O projeto é realizado pelo Coletivo Caliandra, de Brasília. Financiado pelo Fundo de Apoio à Cultura, programa da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, o espetáculo conta também com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, por meio do Programa Pacto Interestadual de Segurança Pública, firmado entre os governos de Goiás e do DF.
“Não descartamos a interdisciplinaridade e a transversalidade que envolve as questões acerca da violência doméstica e intrafamiliar. Entendemos esse tipo de violência como um problema que precisa do cuidado de todas as pessoas envolvidas, por isso a peça não só apresenta cenas, mas inicia uma discussão que proporciona o engajamento do público”, explica a diretora, mestre em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília e idealizadora do projeto.
Sinopse
A montagem conta a história de uma família cujos recursos econômicos são escassos. Baby é dona de casa e mãe de Pedro (8). Arlindo, o marido, é caminhoneiro. Os problemas na relação do casal ficam evidentes quando Baby decide trabalhar. Arlindo não concorda com a atitude da esposa e passa a oprimi-la mediante agressões psicológicas e físicas. Baby entra em um dilema, pois deseja realizar seus sonhos sem abrir mão de seu casamento. O filho Pedro, a vizinha Dona Cotinha e outros personagens apoiam Baby em sua jornada, mesmo de forma indireta, como é o caso da amiga de Pedro, Bia. Ao final, Baby fracassa temendo as graves ameaças do marido, e por isso, permanece na mesma situação. A partir desse momento a pessoas da plateia são incentivadas a entra em cena para dialogar com o opressor e ajudarem a encontrar soluções para a questão.
SERVIÇO
Peça Baby
Entrada franca
Apresentações:
23 de novembro – Colégio Estadual Almirante Tamandaré, 20h (Valparaíso);
24 de novembro – Colégio Estadual de Planaltina, 20h (Planaltina);
28 de novembro – Instituto Federal de Goiás (IFG), 15h30 (Luziânia) / Colégio Estadual Gildete Barreto, 20h (Valparaíso)
29 de novembro – Centro Integrado de Educação Modelo (CIEM), 11h (Planaltina) / Escola Municipal Abdo. Elias, 20h (Santo Antônio do Descoberto)
1º de dezembro – Escola Municipal José Fernandes da Silva Neto, 20h (Cidade Ocidental)
6 de dezembro – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo do Jardim Pérola, 9h (Águas Lindas)
(Lambada Comunicação)