A vacina contra o HPV para meninas já faz parte do calendário nacional de vacinação. Mas meninos podem ser imunizados também? “A vacina vale para ambos os sexos, todos devem se proteger do vírus”. A afirmação é da ginecologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Maria Luisa Mendes.
O HPV, Human Papiloma Virus, é fator de predisposição para o câncer de pênis nos homens e para câncer de colo de útero para as mulheres. Esse vírus está presente na pele e nas mucosas dos seres humanos, como vulva, vagina, colo de útero e pênis. Pode ser transmitido pelo contato direto com a pele ou com mucosas infectadas por meio de relação sexual.
“Importante salientar que é preciso sempre usar camisinha nas relações sexuais para evitar o contágio das doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV. Além disso, o HPV é um fator de predisposição ao desenvolvimento de cânceres, por isso quanto mais cedo se imunizar, entre os 9 e 13 anos, mais protegidos meninos e meninas estarão na fase adulta.”, explica a ginecologista.
São sintomas do HPV dor, desconforto ou ardor na região vaginal ou pênis, além do aparecimento de verrugas. O vírus é detectado através de exames de análises clínicas, como papanicolau e captura híbrida. Tem cura, mas é preciso paciência. “É um tratamento trabalhoso, demorado, com aplicações de medicamentos, cremes e que requer abstinência sexual”, conta a médica. Além disso, é importante também o parceiro se cuidar para não haver uma reincidência da doença.
Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais frequentes entre as brasileiras e a quarta causa de morte na população feminina, atrás do câncer de mama e colorretal. Para os homens, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pênis atinge homens acima de 50 anos, mas pode acometer também os mais novos e está diretamente ligado à infecção do HPV. (TREE COMUNICAÇÃO)