Patricia Finotti

Laura Jabur

Programação traz novos roteiros de visitas virtuais para as próximas exposições em cartaz no Museu, além de oficinas e encontros sobre a cultura popular brasileira

Ao longo do mês de junho, a programação educativa do Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta novas oficinas, roteiros, conversas e encontros que celebram a diversidade, a acessibilidade e a inclusão. As atividades são gratuitas e virtuais, com inscrição pelo site do Museu.

Entre as novidades, estão os roteiros de visitas virtuais para as novas exposições em cartaz: Desafios da modernidade – Família Gomide-Graz nas décadas de 1920 e 1930, de curadoria de Maria Alice Milliet, e Campo Fraturado, SOS. 2021, Projeto Parede da artista Ana Maria Tavares.

Inspirada pela 25ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que acontece de forma online no domingo, 6 de junho, e cuja campanha do ano é focada na questão HIV/Aids, o encontro de Formação em arte e acessibilidade traz reflexões sobre HIV na educação a partir de movimentos artísticos, no encontro virtual ‘Existe acolhimento para a dor? Reflexões sobre HIV na educação’ com Vinicius Couto.

A programação também reúne importantes representantes da cultura popular para encontros e oficinas que celebram tradições e ancestralidades brasileiras, como o encontro sobre o fazer artesanal, poético e artístico a partir da xilogravura e o debate decolonialista acerca da abordagem modernista do “negro-tema” em oposição ao “negro vida”. Também será celebrada em uma série de encontros a Semana do Meio Ambiente, a partir do dia 30 de junho, e o Dia Mundial do Refugiado, com um passeio virtual através dos cantos em diversos países.

Visitas educativas virtuais agendadas

Para escolas e grupos acima de 10 pessoas, os agendamentos podem ser feitos pelo e-mail educativo@mam.org.br.

Jardim de Esculturas, o mural d’OSGEMEOS, as exposições em cartaz Desafios da modernidade: Família Gomide-Graz nas décadas de 1920 e 1930Clube de colecionadores de fotografia do mam – 20 anos e Projeto Parede Campo Fraturado, SOS. 2021, da artista Ana Maria Tavares, são algumas das possibilidades de encontro com o museu no virtual por meio de visitas mediadas e experiências poéticas.

Confira a programação completa:

1 de junho, terça-feira, às 16h
Formação em arte e acessibilidade
Existe acolhimento para a dor? Reflexões sobre HIV na educação, com Vinícius Couto
Encontro virtual no Zoom, para professoras(es), educadoras(es), pesquisadoras(es) e artistas, com 50% das vagas destinadas à rede pública de ensino. Com inscrição prévia.
Com intérpretes de Libras.
Link para inscrição: https://mamsaopaulo.byinti.com/#/event/existe-acolhimento-para-a-dor-reflexoes-sobre-hiv-na-educacao-com-vinicius-couto

O preparo para lidar com a pluralidade de corpos é uma etapa essencial ao pensarmos em acolhimento. Os formatos e as abordagens educativas devem partir da empatia, identificação e acolhimento às pessoas dentro das suas vivências singulares, ampliando de forma efetiva os conceitos de diversidade.

Neste encontro virtual, será abordado como a ampliação de conhecimentos sobre o HIV e suas subjetividades podem contribuir para a formação de professores e educadores na compreensão de realidades plurais, de maneira a influenciar no processo de ensino, transformando estigmas em movimentos subjetivos que despertem novas linguagens e reflexões a partir de movimentos artísticos.

Vinícius Couto, após contrair HIV, se sentiu impulsionado a transformar o estigma do silêncio em arte. Com uma performance que sugere movimentos individuais-coletivos (movimentos únicos reproduzidos por corpos páreos estigmatizados), observados através de uma pesquisa dentro dos postos de acolhimentos a PHIV (pessoas que vivem com HIV), Vinicius notou que o silêncio é um dos pontos altos para os reforços de estigmas sociais.

2 de junho, quarta-feira
Programa de Visitação
Experiência poética: Laboratório de vídeo arte “O que Antonio faria?”
Post no Instagram e YouTube do MAM

Antonio Dias foi um artista multimídia que, entre pinturas, instalações, fotografias e produções sonoras, também experimentou o vídeo como linguagem artística. Seu trabalho, que esteve em exposição no MAM até março deste ano, inspirou a realização do laboratório de vídeo arte “O que Antonio faria?”, como parte da programação do MAM Educativo. A proposta do encontro era encarar as plataformas de reunião virtual em vídeo, tais como Zoom e Google Meets, como espaços de criação de imagem a partir de provocações inspiradas na obra de Dias. As experimentações realizadas no laboratório resultaram na produção deste vídeo, que ilustra possíveis caminhos para a construção coletiva de um vídeo arte.

4 de junho, sexta-feira, às 16h
Contatos com a arte + arte e ecologia
Impressões botânicas em gelatina, com Tereza Grimaldi
Oficina virtual no Zoom, para professoras(es), educadoras(es), pesquisadoras(es), estudantes, artistas, mães, pais e filhas(os). Com inscrição prévia.
Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
Link para inscrição:
https://mamsaopaulo.byinti.com/#/event/impressoes-botanicas-na-gelatina-com-tereza-grimaldi

Nesta oficina virtual, exploraremos as possibilidades de impressões botânicas a partir de uma placa de gelatina! As formas e texturas das folhas, flores e caules ganham definições e contornos incríveis com essa técnica, que permite muitas variações, misturas de cores e composições. Após se inscrever, você receberá um vídeo tutorial para se preparar para o dia da oficina.

Materiais:

Para a placa de gelatina*

• 7 pacotes de gelatina sem sabor incolor, em pó
• 1/2 xícara de glicerina líquida
• 1 xícara de álcool 70% líquido
• 1 e 1/2 xícara de água quente
• Travessa refratária de aproximadamente 15 x 25 cm

*será enviado via e-mail um vídeo explicativo para ajudar na confecção da placa de gelatina, que deve ser preparada com até 2 dias de antecedência da oficina

Para a impressão
• Tinta para serigrafia a base d’água ou tinta guache
• Rolo para gravura ou rolo de espuma
• Folhas de papel jornal, ou sulfite, ou couchê
• Folhas de árvores, plantas, pétalas de flores
• Detergente líquido
• Potes para colocar as tintas
• Palitos ou colheres para misturar
• Pano ou estopa

Tereza Grimaldi é educadora com formação na área de Artes Visuais. Pesquisa as possibilidades de relações entre linguagens artísticas e infância. Atuou durante vários anos em educativos de museus, incluindo o Museu da Cidade de São Paulo e o Museu de Arte Moderna de São Paulo. Atualmente é professora na educação infantil e ensino fundamental I, e realiza oficinas e ateliês com crianças em diversos espaços culturais.

8 de junho, terça-feira, às 16h
Programa de Visitação
Visita virtual inspirada na exposição Desafios da modernidade  Família Gomide-Graz nas décadas de 1920 e 1930
Visita virtual no Zoom, aberta ao público. Com inscrição prévia.
Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.

Link para inscrição:
https://mamsaopaulo.byinti.com/#/event/visita-virtual-a-exposicao-desafios-da-modernidade-familia-gomide-graz-nas-decadas-de-1920-e-1930

Visita via Zoom à exposição recém-inaugurada no MAM São Paulo em homenagem à família Gomide-Graz, pioneira na introdução de composições geométricas abstratas no Brasil por meio de objetos utilitários. A mostra reúne obras de Regina Gomide Graz, Antônio Gomide e John Graz, provocando um diálogo entre artes visuais e design enquanto vertente moderna brasileira oriunda da Semana de 22, mas pouco conhecida atualmente.

9 de junho, quarta-feira, às 16h
Família mam
Paisagem geométrica, oficina virtual de pintura
Oficina virtual no Zoom, para crianças a partir de 3 anos, acompanhadas de seus responsáveis. Com inscrição prévia.
Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
Link para inscrição:
https://mamsaopaulo.byinti.com/#/event/paisagem-geometrica-oficina-virtual-de-pintura

Nem sempre quando observamos uma pessoa, um lugar ou um objeto, prestamos atenção às suas formas geométricas, mas elas estão lá. A representação de uma figura na arte parte de formas básicas para se entender volume, proporção e perspectiva. Tudo pode então ser decomposto nessas formas básicas, como o quadrado, o círculo e o triângulo. Inspiradas pela exposição Desafios da modernidade – Família Gomide-Graz nas décadas de 1920 e 1930, nesta oficina virtual iremos olhar para dentro de nossas casas para descobrir cenas e paisagens de forma abstrata, registrando a sua geometria por meio da pintura em papel, tela ou madeira, com tinta, giz ou lápis de cor. Participe dessa experiência!

Materiais:
• papel, tela ou madeira para suporte
• tinta acrílica ou guache
• giz pastel ou giz de cera
• lápis de cor

11 de junho, sexta-feira, às 16h
Domingo MAM
Procuro-me, procura-se: oficina virtual de autorretrato, com Amanda Santos
Oficina virtual no Zoom, livre. Com inscrição prévia.
Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
Link para inscrição:
https://mamsaopaulo.byinti.com/#/event/procuro-me-procura-se-oficina-virtual-de-autorretrato-com-amanda-santos

Em 2002 a artista Lenora de Barros registrou diferentes autorretratos centrados na legenda “Procuro-me”. Em cada fotografia nos deparamos com uma imagem diferente da artista enquadrada numa mesma expressão de susto ou surpresa. O que será que ela espera encontrar? O autorretrato pode ser um exercício no processo de instituir a própria identidade, ou pode também ser um jogo no qual podemos assumir outras identidades. Ele pode revelar ou confundir quem somos. Nesta oficina virtual jogaremos com a nossa própria imagem a partir de propostas que envolvem o desenho e a fotografia.

Materiais:
• Folhas de papel diversos
• Lápis preto ou colorido
• Uma fotografia de si mesmo (impressa ou digital)
• Acessórios diversos
Amanda Santos é designer e artista visual. Tecnóloga em Design Gráfico pela Universidade de Mogi das Cruzes, possui Licenciatura em Artes Visuais pela Faculdade Paulista de Artes. Atua como educadora no MAM São Paulo e, entre suas áreas de interesse e pesquisa, coexistem questões relativas à arte contemporânea, ao design e à educação.

15 de junho, terça-feira, às 16h
Programa de Visitação
Visita virtual inspirada no Projeto Parede Campo Fraturado, SOS. 2021, da artista Ana Maria Tavares
Visita virtual no Zoom, aberta ao público. Com inscrição prévia.
Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.

Link para inscrição:
https://mamsaopaulo.byinti.com/#/event/visita-virtual-ao-projeto-parede-campo-fraturado-sos-2021-da-artista-ana-maria-tavares

Visita via Zoom a partir da obra recém-inaugurada no MAM pelo Projeto Parede, e que tem como inspiração a série Airshaft (para Piranesi), trabalho desenvolvido desde 2008 pela artista Ana Maria Tavares, composto por imagens digitais, vídeo e videoinstalação, no qual ela estabelece diálogo com a obra Carceri d’Invenzione (séc. XVIII), do arquiteto e gravurista italiano Giovanni Battista Piranesi. O espaço do corredor do MAM é transformado em uma paisagem mineral metalizada, modulada por detalhamentos enquadrados e por uma espécie de caligrafia tátil escrita em Braile a sigla SOS.

16 de junho, quarta-feira, às 16h
Família mam
Visita virtual ao mundo do MAM no Minecraft: uma exposição em cubos, com Gregório Sanches
Visita virtual no Zoom, para crianças a partir de 4 anos, acompanhadas de seus responsáveis. Com inscrição prévia.
Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
Link para inscricão:
https://mamsaopaulo.byinti.com/#/event/visita-virtual-ao-mundo-do-mam-no-minecraft-uma-exposicao-em-cubos-com-gregorio-sanches

O MAM acabou de abrir uma nova exposição que só existe dentro da plataforma Minecraft: Educational Edition. Agora podemos visitar o museu, seu Jardim de Esculturas e diversas obras de seu acervo também dentro do jogo. A visita será mediada via aplicativo de teleconferência Zoom Meetings e não será necessário possuir nenhuma versão do jogo para acompanhá-la.

Gregório Sanches é educador, escritor e historiador, formado no bacharelado e na licenciatura em História pela Universidade de São Paulo (USP), com ênfase na área cultural, museal e arqueológica. Participou da publicação coletiva do livro “Miríade 290: O Que Pode a Escrita?”, em 2009, e das publicações do MAM Educativo “Obras Mediadas”, em 2015, e “Educação e Acessibilidade: experiências do MAM”, em 2018. Atualmente é responsável pelo programa de cursos Igual Diferente.

17 de junho, quinta-feira, às 16h
Programa de Visitação
Experiência poética: Convite à reflexão, oficina virtual de bordado
Oficina virtual no Zoom, aberta ao público. Com inscrição prévia.
Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
Link para inscrição:
https://mamsaopaulo.byinti.com/#/event/experiencia-poetica-convite-a-reflexao-oficina-virtual-de-bordado

A série Bastidores, de Rosana Paulino, presente no acervo do MAM, traz retratos de mulheres negras transferidos em tecidos envoltos por bastidores. A artista utiliza o bordado como forma de sutura para cobrir bocas, olhos, gargantas e outras partes do corpo dessas mulheres, remetendo à memória de uma história que foi silenciada e violentada.

As narrativas que Rosana Paulino retrata em sua obra colaboram com o exercício de rever as heranças e memórias presentes em nosso cotidiano, e nos estimulam a pensar novas possibilidades de histórias a serem escritas e vivenciadas. Rosana também nos lembra, nos atenta e evidencia o que não deve ser esquecido, e sim encarado, revisto e transformado nas nossas estruturas sociais e no nosso interior.

Nesta oficina virtual da experiência poética Convite à reflexão, vamos resgatar e imaginar histórias e imagens de pessoas em situações que representam o que precisa ser dito e expresso diante de tantas narrativas a serem retratadas, cruzando essas narrativas com as de imagens fotográficas de artistas como Paulo Nazareth, Nair Benedicto e Bárbara Wagner presentes na exposição Clube de colecionadores de fotografia do mam – 20 anos .

Materiais:
• Papel grosso*
• Lápis ou giz
• Tesoura
• Linha
• Agulha compatível

*Se não tiver um papel mais grosso, você pode colar uma folha de revista em um dos lados do papel sulfite, assim ficará mais fácil para bordar.

18 de junho, sexta-feira, às 16h
Programação especial ao Dia Mundial do Refugiado (20 de maio)
Domingo mam
Pra Lá dos Cantos de Cá, com Renata Mattar e convidadas: Mahmooni (Irã), Mariama Camara (Guiné Conacri) e Oula Al Saghir (Palestina/Síria)
Encontro virtual no Zoom, livre. Com inscrição prévia.
Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.

Link para inscrição:
https://mamsaopaulo.byinti.com/#/event/pra-la-dos-cantos-de-ca-com-renata-mattar-e-convidadas-mahmooni-ira-mariama-camara-guine-conacri-e-oula-al-saghir-palestinasiria

A musicista Renata Mattar e as cantoras refugiadas Mahmooni (Irã), Mariama Camara, (Guiné Conacri) e Oula Al Saghir (Palestina/Síria) farão um passeio através dos cantos de trabalho (além de outras tradições) em diversos países. O repertório traz cantigas africanas dos trabalhos da terra, cantos de tradição persa de tecelagem para fazer os tapetes, cantos de trabalho das mulheres palestinas, cantigas de casamento da Síria, cantigas de ninar, de brincar, de rituais de passagem das almas, além dos cantos de trabalho brasileiros com cantigas do milho, do feijão, do arroz, etc. Um encontro lúdico e encantador, aproximando as tradições de países com culturas tão diferentes, entre si.

Renata Mattar atuou como cantora no espetáculo A Vida É Sonho, de Gabriel Villela (1992), diretora musical de Auto da Paixão (1993), de Romero de Andrade Lima, e diretora musical dos espetáculos Romeu e Julieta e Auto do Rico Avarento, do grupo Romançal de teatro, formado por Ariano Suassuna. É fundadora do grupo Comadre Florzinha e fundou em 2001 o grupo Beija-Fulô na Casa de Cultura da Penha, ganhando o prêmio VAI, da Prefeitura Municipal de São Paulo em 2003. Desde 2002 atua como cantora e acordeonista do grupo Palavra Cantada. Vocalista e acordeonista da banda As Orquídeas do Brasil, de Itamar Assumpção. Fundou a Cia Cabelo de Maria e com o grupo realizou os CDs Cantos de TrabalhoSão João do Carneirinho e Baianá – Parece Cinema, além dos espetáculos Imbalança Eu Caio e POIN – Pequena Orquestra Interativa, e Cantos de Trabalho volume II com lançamento em agosto de 2018.

Mah Mooni nasceu em Teerã, capital do Irã. Desde criança, as suas grandes paixões eram as artes e o canto. Formou-se em Filosofia e, depois, fez um curso de cinema e introdução de música clássica. Além disso, fez parte de um coral e da banda Ariana em Teerã – no país, devido a leis religiosas rígidas, as mulheres são proibidas de cantar sozinhas. Mudou-se para o Brasil em 2012 em busca de liberdade e com o desejo de fazer as suas próprias escolhas na vida. Em 2017, juntou-se à “Orquestra Mundana Refugi”, fundada por Carlinhos Antunes. Teve apresentações com sua banda “Um Sonho” e entre outras bandas como cantora.

Mariama Camara é da Guiné (Conacri) e vive no Brasil há 11 anos. Ela atua como dançarina, percussionista, cantora, coreógrafa e professora. Sua carreira artística é consolidada internacionalmente desde 1999. Integrou o Les Ballets Africains (1999-2007), e dançou com artistas renomados como Youssou N’dour (Senegal), Youssouf Koumbassa (Conacri, Guiné), e Salif Keita (Mali). De 2007 para cá, ela tem sido convidada por grupos e produtores culturais que desenvolvem seminários, acampamentos internacionais, cursos e oficinas de dança, percussão e canto por diversos países da Europa, Oriente Médio, Ásia e Américas. Mariama traz um vasto repertório que vivenciou na sua aldeia, onde ainda hoje se canta para preparar a terra no momento de plantar, para pilar o milho, durante a pesca, nas festas de casamentos, nascimento e morte, nas oferendas em rios, no mar. A música acompanha todos os rituais da vida da comunidade, se tornando fundamental na consagração desses eventos.

Oula é uma cantora árabe, palestina-síria, que passou a amar a música e a arte desde a infância através de seu pai. Iniciou sua carreira artística profissionalmente assim que chegou ao Brasil, onde já realizou apresentações como cantora, atriz, contadora de história e palestrante, sempre cantando canções clássicas e revolucionárias. Além de integrante da Orquestra Mundana Refugi, criou também sua própria banda de música árabe chamada Nahawand.

22 de junho, terça-feira, às 16h
Família mam
Histórias e bandeiras de desejos juninos, com Raquel Paiva e André Miguel
Encontro virtual no Zoom, para crianças de todas as idades, acompanhadas de seus responsáveis. Com inscrição prévia.
Para intérprete de Libras, solicitar pelo e-mail educativo@mam.org.br com até 48hs de antecedência.
Link para inscrição:
https://mamsaopaulo.byinti.com/#/event/historias-e-bandeiras-de-desejos-juninos-com-raquel-paiva-e-andre-miguel

É tempo de festejar! O ciclo junino inicia-se e com ele todo o encanto das histórias e tessituras que aquecem nossas memórias nestes tempos. Neste encontro virtual vamos embarcar na narrativa do Bumbá-meu-Boi, através de uma contação de história que percorrerá a musicalidade de grandes Mestres e Mestras da nossa cultura popular brasileira. Ao final criaremos uma bandeira junina, desenhando intenções e desejos para colocá-los ao vento e espalhar boas sementes pelos arraiais afora.

Materiais:
• Folhas de papéis diversos (pode ser sulfite A4)
• Barbante
• Cola
• Furador de papel ou palito de churrasco
• Tesoura
• Retalhos de papel colorido ou revista/jornal
• Lápis de cor, tinta guache, aquarela, canetinhas, giz de cera (o que tiver disponível)
Raquel Paiva é educadora, professora de Yoga e massoterapeuta. Trabalhou durante dez anos como professora de Educação Infantil desenvolvendo trabalhos e pesquisas relacionadas à infância e à cultura popular brasileira. Faz parte do Coletivo Quintal D’Erê, que oferece oficinas de artes, histórias, dança e música a crianças de todas as idades, enredadas pelos elementos das culturas indígena e afro-brasileira.

André Miguel é arte-educador e pedagogo formado pela Universidade de São Paulo. Dá aulas de Capoeira Angola e música desde 2010 em escolas. É professor do Projeto Angol’Erê (Capoeira Angola para crianças), integrante do Grupo de Capoeira Angola Guerreiros de Senzala, do Núcleo de Artes Afro-brasileiras da USP, aluno de Mestre Pinguim.

23 de junho, quarta-feira, às 16h
Contatos com a arte

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