Patricia Finotti

¿por quá? grupo que dança finaliza projeto de manutenção com lançamento do livro “Breves danças à margem”, de Luciana Ribeiro, em parceria com a Nega Lilu Editora

(divulgação)

Um projeto que se encerra, mas visa reverberar em ações futuras. É assim que o ¿por quá? grupo que dança se despede do TRANSporquar, projeto de manutenção que acompanhou o grupo no ano de 2018 e finaliza no mês de março. Dia 29, a partir das 18h, na Livraria Palavrear, com entrada gratuita.

Durante um ano inteiro, o TRANSporquar colocou o ¿por quá? grupo que dança num lugar de trânsito, seja entre centros da cidade, entre centros de cultura ou entre fluxos de produção e aprendizado. “Este foi um projeto de manutenção que não se voltou apenas para o grupo em si, mas além de nos alimentarmos de novas experiências, abrimos essas oportunidades também ao público em forma de residências, apresentações gratuitas e, para finalizar, com um livro sobre memória e história da dança em Goiânia na década de 1980”, comenta a gestora artística e integrante do grupo Lu Celestino.

 

O livro

Com autoria da porquariana, pesquisadora e professora Luciana Ribeiro, “Breves Danças à margem” discorre sobre acontecimentos da dança na década de 1980 em Goiânia.  Do ponto de vista da autora, foi uma época de muita originalidade, coragem e sagacidade de quem produzia dança numa cidade que ainda estava se construindo dentro do cenário nacional.

Os trabalhos artísticos que se destacaram e romperam com a cena cultural da cidade na época, a autora os chama de “explosões estéticas”. Explosões estas que, em sua análise, só foram possíveis porque o que movia produtores e bailarinos era o desejo e paixão por inventar e criar danças.

Fazer aparecer uma história da dança na década de 1980 é lidar com memórias de muitas pessoas que vivenciaram este período, mas também é lidar com a própria trajetória. “O que me fez querer dançar e o que me permitiu dançar foi a leitura. O acesso a teorias e a acontecimentos sobre dança me empoderou a ponto de criar um grupo de dança. Eu só quis escrever sobre essa época porque tem muito em comum com o que eu acredito e vivencio a partir dos anos 2000 com o ¿por quá?”, aponta Luciana Ribeiro.

 

Leitura de independentes como um ato de resistência

Pouco se escreve sobre história da dança. Uma capital jovem que vê dificuldades em valorizar sua história e suas memórias, ainda possui poucos registros devidamente catalogados. Um dos textos mais detalhados é a tese da própria autora, de 2010. Fruto deste trabalho acadêmico, “Breves Danças à Margem” pretende tornar o assunto mais acessível à população através do livro.

Assim, para coordenar o processo editorial, o grupo convidou a editora goiana Nega Lilu, conduzida pela escritora e jornalista Larissa Mundim. Suas produções que buscam promover a leitura como experiências que vão além do conteúdo, foi um fator importante para esta escolha. Outro, por estar num circuito independente e poder trabalhar com uma editora que escolheu romper com ciclos muito viciados da produção do mercado literário. “O grupo tem participado de todas as etapas que envolvem a publicação do livro. Além disso, valorizamos essa independência da Nega Lilu, acreditamos num rompimento com caminhos fechados, autoritários, hierárquicos de produção de conhecimento, de cultura e de arte”, ressalta Luciana Ribeiro.

A cena literária em Goiânia cresce na resistência. O caminho da autonomia reflete a situação em que o país vive com o aumento de autopublicações e o fortalecimento de editoras independentes com posturas inovadoras e desafiadoras, características que de acordo com Larissa Mundim estão presentes em “Breves Danças à Margem”: “Na coordenação editorial de mais de 20 livros da NegaLilu Editora, este é um dos projetos mais desafiadores e bem-sucedidos. Por vários motivos, mas especialmente porque a concepção inicial do trabalho teve resultado final satisfatório mesmo com a opção pelo uso de materiais e de estratégias de editoração concebidas de maneira menos convencional. Por exemplo: ‘Breves Danças à Margem’ não tem capa, tem figurino. E esta é apenas uma das surpresas que este livro nos traz”.

Com seis selos em atividade, a editora Nega Lilu lança “Breves Danças à margem” pelo selo Eclea, criado para publicação de biografias e de registro da memória. O lançamento ocorre no dia 29 de março de 2019, a partir das 18h, na Livraria Palavrear. O evento comemora a finalização do TRANSporquar com exibição de vídeos, exposição de fotografias e muita música ao som do grupo musical Vida Seca e do Dj Igor Zargov.

Para os que quiserem adquirir um exemplar, os livros serão vendidos a R$ 40 reais no local e depois também no site do grupo, da editora e em livrarias parceiras. O livro também será lançado na versão digital de e-book e 10% dos exemplares serão distribuídos pelo Fundo de Arte e Cultura de Goiás que é o fomento que apresenta o projeto. (por quá imprensa)

SERVIÇO

Lançamento do livro “Breves Danças à Margem” & Encerramento do TRANSporquar

Quando: Sexta-feira, 29 de março de 2019

Hora: 18h às 22h

Onde: Livraria Palavrear

Endereço: R. 232, 338, Setor Leste Universitário, Goiânia – GO

Livro “Breves Danças à Margem”

Valor: R$ 40

Show de bolso com o grupo musical Vida Seca

Discotecagem com o DJ Igor Zargov

Entrada gratuita

Mais informações: Instagram / Evento do Facebook / Site do grupo / blog

Telefone: (62) 98151.9239

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