Patricia Finotti

Marilane Correntino

A capacitação para os profissionais da assistência aborda sobre os medicamentos potencialmente perigosos

Os medicamentos potencialmente perigosos – chamados de alta vigilância -, são aqueles que requerem uma atenção especial, pois apresentam um risco maior de provocar danos severos aos pacientes se utilizados incorretamente, podendo levar até a morte. No intuito de reforçar a segurança do paciente, o Hospital Estadual da Mulher (Hemu), começou nesta terça-feira e segue até quinta-feira (27 a 29/12) um treinamento voltado para os profissionais da assistência.

A capacitação realizada pelo Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP) e Farmácia, tem como objetivo informar os profissionais sobre a importância no uso e manuseio seguro dos medicamentos de alta vigilância, além de divulgar a lista desses fármacos visando a redução de erros. 

Com o tema “Medicamentos Potencialmente Perigosos (MPP) ou de Alta Vigilância e Lasa”, o treinamento é ministrado pela farmacêutica clínica Vanessa de Holanda. Segundo a farmacêutica, os erros que envolvem a administração dos MPP são mais complexos e graves em ambiente hospitalar se comparado ao ambulatorial, especialmente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A especialista explicou sobre os medicamentos de alto risco; medicamentos look-alike e sound-alike (Lasa) – com aparência, ou nomes parecidos; e medicamentos com dosagens diferentes. Também foi falado sobre as barreiras de segurança utilizadas para identificar e minimizar os erros.

Para chamar a atenção dos colaboradores em relação a alguns nomes que fazem parte da lista de MPP, Vanessa apresentou os medicamentos de forma lúdica, com uma pitada de humor, onde as drogas foram presas por prometerem uma coisa e causarem danos ao paciente, por má administração. Alguns medicamentos foram expostos para ajudar no treinamento. A farmacêutica alertou para uma atenção redobrada nos processos de armazenamento, na prescrição, na dispensação e na administração dos remédios. “É preciso estar cada vez mais bem informado para lidar com o manuseio, o preparo e aplicação dessas medicações a fim de garantir a segurança do paciente, além da checagem redobrada”, destacou.

Vale lembrar que, no Hemu, as drogas são etiquetadas por cores, visando a prevenção de erros e melhor segurança. Os medicamentos de alto risco são etiquetados na cor vermelha, os antimicrobianos na cor verde e os psicotrópicos de rosa.

“Quanto mais investimos na capacitação de nossos profissionais, eles se tornam mais preparados e bem informados, melhorando a assistência e consequentemente a segurança dos pacientes. Para que nenhum profissional fique de fora, o treinamento tem duração de três dias, abrangendo os turnos diurno e noturno. Ao final de cada aula é aplicada uma avaliação”, destacou a enfermeira Lílian Fernandes – coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente do Hemu.

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