Patricia Finotti

Bastidores Assessoria 

Ação na unidade de saúde do Governo teve o objetivo de proporcionar uma reflexão diante das barreiras que existem para a inclusão dessas pessoas portadoras de deficiência

 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil, sendo 3 milhões com deficiência intelectual ou múltipla. Os números reforçam a importância da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, comemorada de 21 a 28 de agosto.

Para conscientizar e chamar atenção de seus colaboradores para combater o preconceito e promover a inclusão, o Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, por meio do setor de Psicologia, promoveu, nesta segunda-feira (28/08), a palestra “Conectar e somar para construir a inclusão”, que também é tema da campanha deste ano. A palestrante foi a terapeuta ocupacional do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), Camila Malhado.

Camila abordou sobre algumas doenças como Alzheimer – doença neurodegenerativa, que se encaixa como deficiência intelectual, de longo prazo; a questão da esclerose múltipla – doença em que o sistema imunológico destrói a cobertura protetora dos nervos; sobre a demência – onde ocorre a perda progressiva da cognição, de forma que a pessoa perde a capacidade de realizar tarefas do dia a dia. A terapeuta ocupacional também falou sobre o trabalho que realiza no Crer com os pacientes de reabilitação.

A terapeuta conclamou a todos, do médico ao colaborador da limpeza, para que contribuam com o bem-estar do outro, que procurem ser ação e transformação na vida do outro, para que todos se unam na construção da inclusão e alertou para que tenham mais empatia. “Temos que ter um olhar diferenciado, que vai além da empatia, como a compaixão e acima de tudo, sem julgamentos”, afirmou a profissional.

 

Evento veio pra somar

“A palestra contribuiu para quebrar preconceitos. Nós, da área da saúde, temos que compreender que nosso papel não é só cuidar do físico, temos que olhar o lado social e mental”, pontuou a enfermeira Ana Clara Guimarães. “Achei enriquecedor. Tive caso de Alzheimer na família e foi muito difícil lidar com a situação. Se tivesse recebido as orientações que foram repassadas aqui, hoje, creio que teria sido menos complicado”, salientou a vigilante Poliana Sobral.

“No mundo em que vivemos hoje, com tanta informação na ponta dos dedos, temos que expandir e contribuir para divulgar informações sobre as políticas públicas voltadas para a inclusão de pessoas com deficiência. Inclusive orientar as famílias sobre os seus direitos. Temos que priorizar a humanização”, destacou a psicóloga Viviane Ferro.

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