Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 2,5 milhões de recém-nascidos morrem por ano no mundo, com mais de 40% ocorrendo durante o trabalho de parto. A maioria das mortes e natimortos são evitáveis por meio da prestação de cuidados seguros por profissionais de saúde qualificados. No Brasil, segundo dados do Observatório de Saúde da Infância, 22 mil bebês morrem anualmente antes ou até completarem um ano de vida.
Diante desses números, o Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO), promoveu, nesta terça-feira (29/08), a capacitação “Assistência de enfermagem a recém-nascidos durante a reanimação neonatal”. O treinamento foi realizado pela enfermeira Faétila Oliveira – mestre em Enfermagem e especialista em pediatria e neonatologia.
Durante a capacitação, Faétila apresentou um quadro de óbitos por causas evitáveis em crianças com menos de um ano de idade; número de mortes de recém-nascidos (RN); além de mostrar o subitem de um dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável – 3.2 Até 2030, acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos, com todos os países objetivando reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1.000 nascidos vivos.
Segundo a enfermeira, o nascimento é um dos momentos mais traumáticos do bebê. Ela explicou que as técnicas de reanimação são utilizadas constantemente, daí a importância do domínio da prática de reanimação neonatal pelo profissional de enfermagem. Dentre os tópicos abordados, estão: Os cuidados com a estrutura para atender o RN na sala de parto; disponibilidade do material para atendimento; atenção quanto à classificação da idade gestacional e peso do bebê; atendimento ao RN menos que 34 semanas na sala de parto entre outros. “A ventilação pulmonar é o procedimento mais importante e efetivo na reanimação do RN no nascimento”, destacou a especialista.
Aprendizado
A capacitação de forma didática contou com a utilização de bonecos e aplicação de uma dinâmica, que garantiu maior aprendizado e satisfação de todos os participantes. “Achei muito bom. A profissional que ministrou o curso é muito capacitada. Com certeza nos proporcionou um aprendizado de qualidade”, avaliou a técnica de enfermagem Geralda Santos. “Com uma explicação tão minuciosa, contribui bastante para auxiliar o nosso trabalho e proporcionar uma assistência mais segura”, pontuou a técnica de enfermagem Maria Cassiana.
“Um atendimento de qualidade é fundamental e faz toda a diferença na hora da assistência. Essa atualização é essencial para que possamos desenvolver nosso trabalho de forma assertiva e salvar vidas, destacou a enfermeira Paula Mota.