“Funky turns 40” mostra clássicos dos quadrinhos e do cinema Blaxploitation
Cultura pop e arte em um mesmo lugar: as exposições “Funky Turns 40: Black Comic Revolution” e “Funky turns 40: Black Film Revolution Exhibition Background” reúnem parte da produção de quadrinhos e filmes por e para a população negra, nos Estados Unidos, nas décadas de 60, 70 e 80.
O conjunto de registros históricos faz parte do acervo do Google Arts & Culture, plataforma que torna milhões de artefatos e obras, compartilhados por mais de 1.500 museus, arquivos e instituições culturais parceiras de 70 países, disponíveis para o mundo explorar inteiramente on-line e de graça.
O projeto começou em 2011 e é alinhado com a missão do Google de tornar a informação do mundo mais acessível. No caso do Google Arts & Culture, a meta é que arte e cultura possam chegar a qualquer pessoa, em qualquer lugar. Confira, abaixo, um pouco sobre cada trabalho:
A revolução dos quadrinhos
A exposição “Funky Turns 40: Black Comic Revolution” celebra os 40 anos das primeiras aparições de super-heróis e super-heroínas negros em histórias em quadrinhos. A exibição é parte de um mix de capas de revistas em quadrinhos de 1970 e 1980 originais do Museu de UnCut Funk Collection, que possui mais de 300 gibis em seu acervo.
Destaque para o primeiro herói negro em um gibi, The Falcon, em 1969, e a primeira vez em que Lois Lane, personagem do Superman, foi representada como uma mulher negra, em 1970.
A revolução dos “Black Movies”
Os 40 anos dos filmes Blaxploitation e dos cartazes criados para promovê-los também são comemorados em uma exposição. O trabalho é parte do legado original de pôsteres de 1970 do Museu de UnCut Funk Collection, que conta com mais de 650 cartazes de filmes do mundo todo. A exposição inclui ainda pôsteres americanos e internacionais, assim como as diferentes versões de cartazes usados para a divulgação para as audiências negra e branca.
A exposição narra um parâmetro de como em 1960 os movimentos de direitos civis e ‘Black Power’ prepararam o ‘caminho’ para o que em 1970 seria conhecido como a “revolução do cinema negro”. Atores, escritores, diretores e produtores negros ajudaram a criar mais de 200 filmes focados nesse público.
As histórias abrangiam todos os gêneros cinematográficos, mas muitas vezes eram associadas aos filmes de ação e crime, como Coffy, Cleopatra, Jones, SuperFly, Shaft and The Mack. Chamados “Blaxploitation”, os filmes se tornaram muito populares porque o herói – negro – sempre vencia “O Homem”. Os filmes transbordavam estilo, atitude e incorporaram a linguagem usada nas ruas, as músicas e as roupas. (Chaian Raiad Silva / Ketchum)