Kasane
Valor médio do metro quadrado de novos imóveis na capital goiana saltou de R$ 7.273 para R$ 8.205 nos últimos 12 meses, aponta pesquisa da Abrainc
Goiânia se destaca no país como a cidade com a maior valorização no preço do metro quadrado de imóveis entre as capitais brasileiras pesquisadas. A capital goiana registrou, no último ano, um aumento de 13% no valor médio do metro quadrado dos novos imóveis comercializados, que passou de R$ 7.273 para R$ 8.205. A alta ocorreu em todos os segmentos pesquisados, com destaque para os de alto padrão e luxo, que registraram uma valorização de 15%.
A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) pontua que a valorização média dos imóveis novos na capital, só não foi maior, pois no universo analisado estão os imóveis do programa Minha Casa Minha Vida, que possuem preço tabelado, e, com as novas regras do programa MCMV, lançada no final do primeiro semestre de 2023, que aumentou o valor dos imóveis do programa, essa valorização tende a aumentar no segundo semestre, explica o presidente da entidade, Felipe Melazzo.
Melazzo explica que o valor médio de venda nos primeiros quatro meses de 2022 foi 14% maior que o preço médio comercializado de 2021. “Quem investiu em imóveis nos últimos meses tem muito o que comemorar, pois a valorização foi grande. E a tendência é que melhore ainda mais, pois alguns possuem valorizações superiores à inflação em até 50%” diz. “Adquirir um imóvel foi e sempre será um investimento seguro e de retorno garantido”, completa. “O que significa dizer que aplicar em imóveis continua sendo um excepcional investimento”, complementa.
Os dados fazem parte do primeiro estudo sobre a evolução do valor do metro quadrado de novos imóveis realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) com a plataforma GeoBrain. As informações são referentes às vendas de lançamentos residenciais verticais em oito estados do país.
As demais capitais pesquisadas também apresentaram crescimento no valor médio do metro quadrado vendido. Fortaleza (CE) apresentou um aumento de 9%, com valor médio de R$ 10.311 no metro quadrado; Curitiba (PR) teve alta de 7%, alcançando um valor médio de R$ 11.369 por metro quadrado. E, por sua vez, São Paulo (SP) registrou alta de 6% no preço médio do metro quadrado, atingindo R$ 14.605.
Para o diretor de incorporação da EBM Desenvolvimento Imobiliário, Marcos Túlio Campos, a liderança da capital goiana está diretamente ligada à economia cada vez mais sólida do estado, que no último ano teve um PIB duas vezes maior que o PIB do país, o que impulsionou ainda mais diversos setores, além de Goiânia sempre figurar entre as capitais com menor valor de metro quadrado há vários anos, sendo necessária essa equalização. Tendo em vista que o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) entre agosto de 2019 e o mesmo mês de 2023 foi de 40%, a valorização de imóvel de um lançamento da EBM na mesma época foi de 60%, ou seja, 50% acima da inflação, conforme explica o executivo.
“Tivemos casos de produtos para moradia final que em 18 meses valorizaram 30%, o que representa 170% acima da inflação, e de produtos para investimentos, como studios e salas comerciais, que em um ano tiveram uma valorização de 40% versus 4% de inflação no mesmo período, por exemplo. A EBM, em um ano, conseguiu sair de preços médios de R$ 6.500/m para R$ 8200/m, apresentando, por exemplo um crescimento de 30%, nos produtos de médio e alto padrão, e um aumento de 20%, em seus produtos econômicos, que, com certeza tenderão no próximo ano a apresentar uma valorização ainda mais positiva com a ampliação do teto de valores do programa Minha Casa Minha Vida, impulsionando mais uma vez o valor de metro quadrado da cidade”, afirma Marcos Túlio.
Presidente da ABRAINC, Luiz França salienta que os dados da pesquisa refletem a dinâmica do mercado imobiliário brasileiro em diversas regiões do país, indicando que investimentos imobiliários seguem atrativos a investidores que buscam um retorno sólido em seus ativos. Em relação à valorização do metro quadrado em Goiânia, França acredita que os números do setor refletem a dinâmica de crescimento da economia de Goiás em 2022 e a percepção é que isto está se convertendo em uma readequação nos valores dos novos imóveis da capital goiana, que até então acumulava preços muito abaixo dos praticados nas principais cidades do Brasil.
“No ano passado, Goiânia teve um expressivo crescimento em seu PIB, acumulando uma alta acima da média nacional e o crescimento econômico vem acompanhado por desenvolvimento social e urbano, o que se reflete diretamente nos preços dos imóveis. É preciso, também, recordar que o valor do metro quadrado na cidade estava defasado em relação às grandes cidades brasileiras e por isto ele acabou se ajustando com o crescimento da economia local”, explica o executivo.
*Com informações da Abrainc
Sobre a Ademi-GO
A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) congrega empresas do ramo de incorporação imobiliária e atua para garantir a sustentabilidade do mercado imobiliário no Estado de Goiás. Entre os seus objetivos estão orientar o consumidor como adquirir um imóvel; amparar os legítimos interesses das filiadas perante os poderes públicos e quaisquer órgãos ou entidades de direito público ou privado; realizar estudos e serviços de utilidade para seus associados; apoiar projetos de lei; apoiar estudos e decisões administrativas que atendam o desenvolvimento imobiliário; cooperar com órgãos de classe e entidades afins.