Patricia Finotti

Race Comunicação / Lívia Caixeta

Especialistas dão orientações sobre como lidar com fornecedores, adiamentos, cancelamentos e, principalmente com a ansiedade quanto as indefinições neste período de paralisações gerais

Ficar em casa, evitar aglomerações e não realizar eventos são as orientações gerais para todos neste primeiro período de 15 dias de paralisações. Uma semana após o início das paralisações gerais, que afetaram praticamente todos os setores da economia, o cerimonialista e consultor de imagem, Alexandre Lozi, explica como lidar com fornecedores e clientes para que mantenham a calma e tenha paciência antes de tomar qualquer decisão.

“O primeiro ponto a ser considerado é que esta não é uma decisão que cabe apenas ao indivíduo ‘dono do evento’. Temos algumas determinações oficias dos órgãos reguladores estaduais além das orientações da OMS para frear a propagação do Covid-19. Então, é necessário muita calma”, pondera.

Segundo ele, assim como para outras áreas, também aos profissionais de eventos de Goiás foi enviada a determinação de paralisar todas as atividades por 15 dias. Para ele, o comportamento das pessoas é fundamental, tanto em se manter em isolamento para evitar a propagação do vírus quanto na tomada de decisões precipitadas de rescindir ou cancelar contratos.

“Os eventos previstos para março e abril já foram controlados. Sabemos que o impacto é geral para todos os setores da economia. E no nosso caso, as decisões mexem com toda a cadeia de fornecedores de eventos: decoração, buffet, fotógrafo, som, banda”, explica.

NOVOS PRAZOS

Para quem tem eventos previamente agendados para os meses a partir de maio a orientação é aguardar mais alguns dias. “A estimativa é que em 30 dias seja possível retomar a programação e voltar a negociar contratos e datas”, adianta Alexandre Lozi.

Informações de alguns espaços de eventos e outros fornecedores já deram conta de visitas de órgãos fiscalizadores como a vigilância sanitária orientando para que não realizem eventos sob pena de multa. Em outros casos recentes, de eventos realizados antes do início da paralisação a festa registrou 50% de ausência na quantidade de convidados. “Uma festa de casamento realizada há duas semanas, antes do início determinado para paralisações, 400 pessoas foram convidadas e apenas 200 compareceram”, conta.

SAÚDE

“Especialistas em saúde adiantam que o pico da doença só acontecerá nos meses de maio e junho se as pessoas não guardarem o isolamento”, comenta Alexandre em tom de alerta. Além disso, o trabalho de conscientização deve ser coletivo de maneira que todos os envolvidos tenham profissionalismo para acalmar e transmitir segurança aos clientes para que não haja um descontrole generalizado.

Recentemente, foi amplamente noticiado um caso de propagação de coronavírus causado por um convidado de um casamento realizado em Itacaré/BA. Após a cerimônia, que foi realizada no início do mês de março, outros casos foram confirmados na Bahia. O transmissor, um homem de 43 anos, desrespeitou a determinação médica para ficar em casa por pelo menos uma semana.

O QUE FAZER?

• Não é necessário cancelar nada, mas sim adiar;

• Manter a calma e aguardar decisões mais concretas e para longo prazo;

• Distanciamento social é muito importante neste momento;

• Aguarde o fim do primeiro período de paralisações para tomar qualquer medida;

• Os órgãos de regulação estão fiscalizando e sanções serão aplicadas

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