Marilane Correntino
Hospital Santa Helena reforça a importância do diagnóstico precoce e agilidade no tratamento
A sepse, também conhecida como infecção generalizada, é uma das principais causas de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em todo o Brasil e no mundo. O Hospital Santa Helena (HSH), referência no tratamento dessa condição no estado, implantou há sete anos o Protocolo de Sepse, um conjunto de medidas que busca identificar e tratar rapidamente essa doença grave, aumentando as chances de sobrevivência dos pacientes.
Segundo o Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS), em 2017, o Brasil registrou cerca de 430 mil casos de sepse em UTIs, com uma taxa de letalidade de 55%, o que resultou em aproximadamente 230 mil mortes. No cenário global, a sepse é considerada uma prioridade mundial de saúde, com variações entre 47 milhões e 50 milhões de casos registrados anualmente. Dessas ocorrências, 11 milhões resultam em morte.
Em resposta à alta incidência da doença, o Dia Mundial da Sepse foi instituído no dia 13 de setembro para conscientizar a população e reforçar a necessidade de rápida ação em casos suspeitos. O Hospital Santa Helena aproveita a data para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e da agilidade no tratamento, uma vez que, quanto mais cedo forem iniciadas as medidas terapêuticas, maiores são as chances de sobrevivência sem sequelas.
Segundo a infectologista Bethânia Ferreira, a sepse pode afetar qualquer pessoa, mas alguns grupos apresentam risco elevado. Entre eles estão pacientes com baixa imunidade, como prematuros, crianças com menos de um ano, idosos acima de 65 anos, pessoas com doenças crônicas, como câncer, HIV, insuficiência cardíaca ou renal, além de diabéticos.
A rapidez na identificação e no início do tratamento – que envolve o uso de antibióticos – é fundamental para evitar a progressão da infecção e o comprometimento de órgãos vitais, como rins, coração e cérebro. “O ideal é que as medidas sejam tomadas na primeira hora após o início dos sintomas, a chamada “hora de ouro”, essencial para melhorar os desfechos clínicos e prevenir complicações graves ou até fatais”, destaca a infectologista.
O Protocolo de Sepse do HSH visa justamente acelerar o reconhecimento dos sinais da sepse e iniciar o tratamento o mais rapidamente possível.