Patricia Finotti

Evandro Bittencourt

Movimento Unidos pela Vacina defende que a vacinação em massa é o único caminho para deter a pandemia de Covid-19; em menos de uma semana, mais de 120 prefeitos goianos aderiram

Lançado oficialmente no Brasil em fevereiro deste ano e tendo como marco inicial em Goiás uma reunião de empresários realizada de forma remota na última quinta-feira, o movimento Unidos pela Vacina tem conquistado avanços significativos em pouco tempo com a adesão expressiva de lideranças empresariais e prefeitos goianos. Liderado nacionalmente pela empresária Luiza Helena Trajano, presidente do grupo Mulheres do Brasil, tem como principal objetivo contribuir para que toda a população brasileira esteja vacinada contra a Covid-19 até setembro deste ano.

O Unidos pela Vacina tem como um dos principais objetivos levantar dados de todos os municípios goianos para identificar gargalos e entraves à ampla imunização da população e, desta forma, apresentar soluções e propor ajuda do setor privado. Embora o objetivo seja audacioso, a mobilização de empresários e de entidades tem surpreendido.

Sandra Méndez, do Colegiado de Líderes do Núcleo Mulheres do Brasil, juntamente com Helena Ribeiro e Elaine Moura, diz que a primeira reunião deflagrou a adesão de todas as entidades que dela participaram e várias outras têm se engajando. Num trabalho organizado em pouco tempo, a adesão de prefeitos goianos passou de 14 para 125 em apenas uma semana. “Na semana passada tínhamos 14 municípios e já estamos com 125. Estamos recebendo a manifestação de apoio de muitos prefeitos, pois sabemos que só voltaremos à normalidade quando tivermos pelo menos 70% da população vacinada”, afirma Sandra Méndez. A Assembleia Legislativa e a Associação Goiana dos Municípios (AGM), por

exemplo, têm ajudado no contato com os prefeitos, assim como a Central Única das Favelas (Cufa) tem atuado como um braço do movimento para alcançar as populações das periferias e comunidades.

Entraves

Um dos entraves que o movimento deparou é com a resistência à vacina. “Apesar de pesquisas apontarem que caiu muito, ela ainda existe e em todos os níveis sociais. No caso das comunidades, a nossa parceira Cufa já tem realizado um trabalho de combate às fake News, pois o que sustenta esse medo são elas. Aqui em Goiás fazemos também esse trabalho de esclarecimento, junto com professores da Universidade Federal de Goiás, com financiamento de um fundo escocês. É um recurso que veio de fora, que soma ao nosso projeto e vai além”, explica Sandra Méndez.

Outro desafio que precisa ser superado para o sucesso do movimento e, consequentemente, o controle da pandemia, é a falta de consciência por parte de alguns estratos da sociedade, especialmente de pessoas mais jovens, em relação à importância do distanciamento social e outras formas de prevenção, a exemplo do uso correto de máscaras.  Pensando nisso, o Movimento Unidos pela Vacina deve lançar nos próximos dias uma campanha direcionada aos jovens, também executada de forma voluntária, e que deve buscar o apoio dos meios de comunicação tradicionais e digitais, se estendendo também para as redes sociais.

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