Patricia Finotti

Maic Comunicação / Maria Inês Costa

No dia 23 de fevereiro, começa o CRIASOM, evento online e gratuito que vai mostrar os vários lados da cadeia econômico e criativa da música, com grandes nomes da produção cultural do Brasil que discorrerão sobre suas atividades diárias. Cinco shows e dezoito palestras serão realizados online, nas páginas da Mannish Boy Produções Artísticas, como no canal do Youtubehttps://www.youtube.com/user/eugeniomjrgmail/aboute e nas mídias digitais do festival CRIASOM.

Profissionais de várias áreas da música no Brasil vão falar sobre o início de suas carreiras e como chegaram ao patamar profissional em que se encontram. Uma conversa franca contando os passos das produções que atuam: quais projetos deram certo e quais deram errado e o que os novos profissionais devem fazer para que um projeto saia do papel, além de contar suas histórias de vida. Cada bate-papo terá entre uma hora e uma hora e meia de duração, com mediação do jornalista e produtor Eugênio Martins Júnior. Abaixo, serviço com a programação completa.

Serão abordados os temas: coletivos, formatação e gestão de projetos; curadoria e conceito artístico; Leis de incentivo; produção executiva; produção artística; administração de espaços e empresas; contratação de artistas (nacionais e internacionais); gerenciamento de carreira (nacional e internacional); assessoria de imprensa; jornalismo cultural; gravação em estúdio e criação de festivais; se vale a pena abrir uma empresa.

O projeto CRIASOM é realizado pelo ProAC – Programa de Ação Cultura, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Governo do Estado de São Paulo e da Lei Aldir Blanc, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

Introdução CRIASOM, por Eugênio Martins Júnior:

O século 20 tem trazido inúmeros desafios para a classe artística, com a explosão de novas linguagens de mídia, onde os artistas podem mostrar seu trabalho diretamente ao público. Uma estrada que está sendo percorrida há duas décadas.

No mundo da música, com o esfacelamento do velho formato das grandes gravadoras, os artistas tiveram que aprender a lidar com inúmeros formatos digitais, como o MP3, o Youtubestreaming (Spotfy, Deezer, etc) e, mais recentemente, com a pandemia do Covid-19, a captação de imagem e som para as famosas lives, transmissões ao vivo com interação do público  sejam elas caseiras ou em estúdio.

Mas também existem outros caminhos que o músico, ou mesmo os interessados a trabalhar com música, podem percorrer. Essa cadeia não para de crescer e se renovar. Afinal de contas, criatividade não falta pra essa galera. É só saber olhar. Há espaço e formato para todos. Além da criatividade, é só coragem para fazer seu projeto andar.

Enfim, jovens e profissionais que queiram ingressar no mundo da música terão um um painel credadeiro, uma visão global, desse campo que passa por crescimentos esporádicos, mas também sofre com as recorrentes crises econômicas do nosso país.

Veja por exemplo os números da música digital. Segundo o relatório anual da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), publicado em 04 de maio de 2020, referente ao crescimento em 2019, a receita total do mercado mundial de música gravada cresceu 8,2%, subindo para US$ 20,2 bilhões. Aqui no Brasil o crescimento foi de 15,4% entre 2017 e 2018. O número é superior à alta do mercado global, que, segundo dados da IFPI ficou em 9,7%.

Bom saber que o mundo digital vai bem. Ainda mais agora, com todo mundo em casa. Do outro lado, a música presencial está parada. E o que a gente gosta mesmo é de de ver nossos artistas ao vivo. Chacoalhar com o som ao vivo, de uma seção de metais botando pressão, do bumbo da bateria socando o peito.

E um dia, com o fim, ou pelo menos com o enfraquecimento da pandemia, a vida vai pedir música, shows, festivais, mais lives, e quem estiver preparado vai sair na frente.

PROGRAMAÇÃO DE 23 A 26 DE FEVEREIRO

23/2/21, 3ªf, 20h – Herbert Lucas – Bate-papo

Tema: Curadoria

Diretor artístico do Bourbon Street Music Club, maior produtor independente do Brasil à frente da Lucas Shows e Eventos e curador de vários festivais.

24/2/21, 4ªf, 24/2/2021 – Giovanni Papaleo

Tema: Conceito Artístico de um Festival

Produtor, músico e realizador dos festivais de Garanhuns, Gravatá e Oi Blues By Night. Também é baterista, fundador da Uptown Blues Band de Pernambuco.

25/2/21, 5ªf, 25/2/2021 – Stênio Mattos

Tema: Pré e pós produção. Os números de um grande festival como o Rio das Ostras Jazz e Blues

Realizador do Rio das Ostras Jazz e Blues, o maior festival do gênero no país.

26/2/21, 6ªf, 26/2/2021 – Show com Blues Etílicos

Blues Etílicos é a marca mais forte do blues nacional e a banda há mais tempo em atividade nesse segmento. Desde meados dos anos 80, a banda vem produzindo uma extensa obra autoral, além de gravar homenagens às suas principais influências, tendo lançado doze CDs e um DVD.

​Se o blues hoje no Brasil é um mercado consolidado com inúmeros festivais no país, muito se deve ao trabalho contínuo e consistente da banda, que é a maior responsável pela criação e manutenção de uma verdadeira legião de fãs desse estilo musical.

​Ainda assim, pode-se dizer que a música do Blues Etílicos não se limita a nenhum rótulo específico. A densidade do blues, a energia do rock e o balanço da música brasileira são os três elementos básicos que regem seu som. É música para ouvir, dançar e festejar.

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