Patricia Finotti

VERSA COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA / Evandro Bittencourt

Conselho da OCB/GO reuniu-se, de forma remota, com os coordenadores do movimento; foram apresentados os principais desafios para o País vacinar toda a população até setembro deste ano e discutido como as cooperativas goianas podem ajudar

O Conselho da OCB/GO reuniu-se, de forma remota, ontem, com os coordenadores do movimento nacional Unidos pela Vacina em Goiás. As diretrizes do programa foram apresentadas pelos empresários Fernando Maia, Sandra Méndez, Helenir Queiroz e Elaine Moura. Durante a oportunidade foram apresentados os principais desafios que serão enfrentados para que o País consiga vacinar toda a população elegível (acima de 18 anos), até o mês de setembro deste ano. A intenção é identificar e apontar a solução para entraves e gargalos que possam atrasar o processo de vacinação em cada município. O cooperativismo goiano se prontificou a ajudar da melhor maneira possível em suas bases de atuação espalhadas pelo Estado, no sentido de dar a maior agilidade possível ao processo de imunização à medida que as vacinas cheguem em maior quantidade.

O presidente do sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, destacou que todos os participantes do encontro virtual se colocaram à disposição para ajudar. Entre eles o vice-presidente da OCB/GO e da Cooperativa Coapil e presidente da Central Rede Goiás, Astrogildo Gonçalves;  o diretor da Comigo, Dourivan Cruvinel; o presidente da Centroleite e da Cooperagro, Pedro Barbosa de Oliveira; o presidente da Central Sicredi, Celso Figueira, que se colocou à disposição para ajudar nas 34 cidades em que o sistema Sicredi tem cooperativas singulares em Goiás;  o diretor administrativo e financeiro da Coopmego, Valdenor Cabral dos Santos, e o vice-presidente do Conselho na Sicoob Crediadag,  Clayton Pires, que propôs uma união das três centrais de crédito em Goiás para fazer um trabalho conjunto.

Luís Alberto Pereira destaca que o Conselho da OCB tem uma grande capilaridade. “Houve uma boa interação entre todos em relação ao movimento Unidos pela Vacina, então creio que temos todas as condições para poder resolver os gargalos de alguns municípios. Considero essa iniciativa muito importante, muito aderente aos princípios do cooperativismo, acho que temos que cobrar vacinas e, uma vez disponíveis, não podemos demorar a aplicá-las. Quanto mais rápido aplicá-las, menos mortes teremos e mais rápido a economia volta à normalidade. Agora vamos dar o segundo passo, que é promover reuniões setoriais com cada um desses presidentes e saber, efetivamente, onde e como podemos ajudar”, explica o presidente do Sistema OCB/GO.

O presidente da Central Sicredi Brasil Central, Celso Figueira, afirmou que é uma honra poder contribuir com esse projeto. “Tivemos a grata satisfação de poder conversar com os coordenadores deste grande movimento de vacinação pelo Brasil e, conhecendo melhor a campanha, agora ingressamos nessa parceria visando dar nossa contribuição efetiva. Em Goiás os presidentes das cooperativas Sicredi já estão cientes e o próximo passo é desenvolver ações por meio das nossas agências, que estão presentes em 34 municípios, juntamente com as prefeituras e a OCB/SESCOOP-GO.

Celso Figueira reiterou que o intuito é contribuir na agilidade do acesso às vacinas pela população. “Fizemos uma reunião inicial com os principais executivos envolvidos e já estamos agindo. A vacinação em massa fará com que o desejo de cada um de nós seja realizado, que é o de voltar o mais rápido possível às atividades normais, a vida normal de toda população brasileira. Esse apoio também será motriz para trazer de volta o desenvolvimento do País que vínhamos experimentando antes do início dessa pandemia”, frisa o presidente da Central Sicredi Brasil Central.

Apartidário e espontâneo

O Unidos pela Vacina é um movimento apartidário e espontâneo da sociedade civil, em parceria com os poderes públicos, começou com o grupo Mulheres do Brasil, liderado nacionalmente pela empresária Luiza Helena Trajano. Em Goiás, o movimento é liderado pelos empresários Helena Ribeiro e Fernando Maia.

O movimento concluiu recentemente a realização de ampla pesquisa em todos os municípios de Goiás. O levantamento identificou quais são os maiores gargalos que as prefeituras enfrentam para ampliar a vacinação, pois há a possibilidade de que a eficiência na imunização possa ser perdida por entraves simples de serem resolvidos. O levantamento, realizado nas 246 cidades, aponta alguns desafios para isto: somente 44% dos municípios goianos estão preparados para a vacinação nos finais de semana e apenas 3% estão aptos a atenderem pessoas (geralmente idosas ou com dificuldade de locomoção) nos seus domicílios. Além disso, 24% dos municípios goianos não têm estrutura para vacinação por drive-thru; 40% não têm freezer para condicionar a vacina da Pfizer; 30% sequer têm geladeiras apropriadas para acomodar as vacinas; em 28% faltam caixas térmicas e termômetros; e em 22% faltam salas adequadas para vacinação.

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