Patricia Finotti

Kasane

Médico que atua no Hemolabor, o gastroenterologista e cirurgião do aparelho digestivo Rubens Borges Filho, explica que quando detectado precocemente, a taxa de sobrevivência do paciente em cinco anos pode chegar a 90%

 

O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, é uma das neoplasias mais comuns e preocupantes em todo o mundo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que em estima-se que 46 mil novos casos surgirão no triênio 2023-2025. Estes números refletem uma tendência crescente observada nos últimos anos. Entre 2018 e 2022, a taxa de incidência aumentou em aproximadamente 10%, o que é um indicativo preocupante sobre a necessidade de maior conscientização sobre a doença.

O médico que atua no Hemolabor, o gastroenterologista e cirurgião do aparelho digestivo Rubens Borges Filho, explica que o diagnóstico precoce é fundamental para melhorar as chances de sucesso no tratamento e na sobrevida do tratamento. “A prevenção é, sem dúvida, o melhor caminho para combater o câncer de intestino. A adoção de um estilo de vida saudável, que inclui uma dieta rica em fibras, frutas e vegetais, a prática regular de atividades físicas, a manutenção de um peso corporal adequado e a redução do consumo de álcool e tabaco são medidas fundamentais para reduzir o risco de desenvolvimento da doença”, pontua.

O prognóstico do câncer de intestino é significativamente melhor quando a doença é diagnosticada em estágios iniciais. Quando detectado precocemente, a taxa de sobrevivência em cinco anos pode chegar a 90%. No entanto, essa taxa cai drasticamente à medida que a doença avança. Por isso, a conscientização sobre os sintomas, como alterações persistentes no hábito intestinal, sangue nas fezes, dor abdominal e perda de peso inexplicada, é fundamental para a busca imediata de atendimento médico.

Os exames de prevenção regulares auxiliam no diagnóstico preciso e no planejamento do tratamento adequado para o câncer intestinal. “Os métodos de diagnósticos mais eficazes são a colonoscopia, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética, teste de sangue oculto nas fezes, biópsia, exames de sangue, cápsula endoscópica e enteroscopia. Esses exames permitem a detecção de pólipos intestinais, que são pequenas lesões que podem evoluir para câncer se não forem removidas. A recomendação é que pessoas com 50 anos ou mais realizem a colonoscopia regularmente, embora indivíduos com histórico familiar de câncer colorretal possam precisar iniciar o rastreamento mais cedo”, alerta.

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