Se por um lado chocólatras disputam os melhores ovos de chocolate, do outro, os apaixonados por bacalhau se deliciam com a possibilidade de degustar o peixe durante a Semana Santa. Já no dia 30 de março, Sexta-feira da Paixão, receitas que cruzaram o oceano e mantêm a tradição portuguesa prometem reunir famílias e amigos em torno da mesa.
A estrela do feriado também marca presença no domingo de Páscoa e, desde a versão mais tradicional até as apresentações mais modernas, garante sabor na medida e um pequeno mergulho na história do país. É desta forma que este período se torna um dos mais produtivos para a chef Edvânia Nogueira, do restaurante português Porto Cave, em Goiânia.
Das mesas reservadas para o feriado às encomendas, ela comanda uma equipe de 20 funcionários que garantem o atendimento da demanda. O peixe exige uma preparação especial e as combinações, que vão dos legumes cozidos à batata palha, saem do livro de receitas da família do marido, português radicado no Brasil.
Entre as receitas mais especiais estão a tradicional Bacalhoada, Bacalhau Gomes de Sá, Bacalhau com natas, Bacalhau entremeado e Bacalhau espiritual. “Para os cristãos é um momento de celebração que justifica um almoço especial e a reunião com a família após os ritos religiosos. Para quem não tem esta crença, é uma tradição, repleta de cultura e sabor”, garante Edvânia.
A tradição católica cristã que observava jejum de carne vermelha na Quaresma, período que antecede a Páscoa, trouxe o bacalhau como a compensação do tempo de sacrifício. O peixe chegou ao Brasil trazido pela Família Real em 1808 e virou opção de consumo para os mais diferentes paladares. (Luisa Dias)
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