Patricia Finotti

Educação será prejudicada, assim como a imagem da Nação

A Comissão de Educação da Câmara de Deputados aprovou um requerimento de audiência pública para discutir com a sociedade a possibilidade de revogar o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Assinado por sete países e encabeçado pelo Brasil em 2006, esse acordo deve gerar impacto negativo na alfabetização brasileira e em relação ao Direito Internacional.

Para o autor dos livros “A nova ortografia da língua portuguesa” e “Na ponta da língua” e professor Carlos André, que participou como representante da OAB Nacional no Senado da República no Acordo Ortográfico e em reuniões em Portugal sobre o tema, o impacto na alfabetização será lamentável. “A criança que não foi alfabetizada com trema, agora terá que aprender? Parece que não há uma construção na educação brasileira, são sempre ‘puxadinhos’. Se aprovado, o impacto será negativíssimo para a alfabetização, no que está relacionado à grafia. Outro ponto negativo é em relação às Relações Internacionais, pois o Brasil passará a ser visto como um país que não tem política de estado, mas sim de governo”, afirma.

Em 2006 o Brasil foi o grande promotor do acordo e como um dos signatários com o maior número de pessoas que falam português, sua saída deve enfraquecer o acordo. “Pela regra, se o Brasil sair, os outros continuariam. No entanto, com a nossa ausência, há uma tendência que outros deixem de assinar, ressalta Carlos André, representante da OAB Nacional no Senado da República no Acordo Ortográfico.

Ainda segundo o autor dos livros “A nova ortografia da língua portuguesa” e “Na ponta da língua”, a única área beneficiada seria a editorial, pois haveria uma grande demanda pela “nova atualização” ortográfica da Língua Portuguesa. (Daniele Flöter)


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