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A escritora e artista plástica, Zaia Angelo, é muito ligada às questões sociais: em todas as suas obras aborda a diversidade, inclusão e combate a qualquer forma de discriminação e preconceito. Conseguiu levar a arte protesto para o Museu do Louvre e suas ilustrações em homenagem as divas drags e transexuais estamparam a coleção da estilista Mileide Lopes, que foi a primeira marca goiana a ser selecionada pela curadoria da São Paulo Fashion Week a expor na loja conceito do evento.
Por todo o seu trabalho desenvolvido ao longo dos anos voltado para a diversidade, Zaia vai ser homenageada no dia 7 de fevereiro, às 17h, no plenário da Câmara Municipal de Goiânia. A sessão especial proposta pela vereadora Sabrina Garcez é voltada ao Dia Internacional da Visibilidade Trans. Além disso, Zaia participa da exposição fotográfica: “Mundo Trans”, que será aberta ao público nesta quinta-feira (26/01), às 10h, no auditório Drº Luiz Rassi (5º andar do HGG).
Sobre as homenagens que irá receber diz estar emocionada. “Todo o nosso esforço sendo reconhecido é muito bom. Pessoas trans sendo homenageadas e tendo esse local de holofote, não só por sermos trans. Mas sim pelo trabalho que fazemos é muito bom”, afirma Zaia Angelo.
Dia Nacional da Visibilidade Trans
No dia 29 de janeiro é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Por alusão à data, eventos são realizados para debaterem a visibilidade trans e o combate à violência contra esse segmento populacional que, dentro das identidades LGBT, é o que carrega maior estigma e preconceito, resultando em violência e discriminação aos transgêneros.
“Acho importante termos um dia só nosso para discutirmos as nossas pautas. Assim, reivindicamos melhor os nossos direitos. Até mesmo porque vivemos muito além dos estereótipos, que nos são dados”, destaca Zaia.
A artista enfatiza ainda que existem pessoas trans na política, no esporte, entre tantas outras áreas. “A cantora e compositora Linn da Quebrada durante sua participação no BBB, da TV Globo mostrou para a sociedade um pouco das nossas questões”.
Trajetória
A história de Zaia Angelo no universo das artes começou aos dois anos, quando demonstrou interesse pelos desenhos. Aos sete, recém-alfabetizada publicou o primeiro livro “A Girafa que foi ao Espaço”. Desde então, dedica-se à literatura e às artes plásticas.
Na literatura, quando tinha 10 anos, ganhou o Concurso Internacional para autores infanto-juvenis em língua portuguesa: “Atrevida” com o 3º livro “A transformação de Joca”. O concurso foi promovido pela Associação Sociocultural La Atrevida, entidade apoiada pela Universidade de Lisboa. Em 2017, o seu 5º livro “Depois do Final Feliz” foi premiado nas categorias melhor ilustração e melhor projeto gráfico, com o Prêmio Literatura Brasileira, promovido pela ZL Editora.
A obra dela é reconhecida no Brasil e no exterior. Aos 15 anos foi convidada para expor “Eu sou o gay que sofre com a homofobia”, da Coletânea “Eu sou a Dor, na 10ª Art Shopping Paris – Carrousel do Louvre – 2017” – durante a Semana de Arte Contemporânea de Paris.